quinta-feira, 6 de outubro de 2011

‎"Contraponto ao um livro todo", de Paulo Gircys

 

Recebemos com grande alegria esses versos de Paulo Gircys, compostos após a leitura do Churrasco Grego, após uma experiência empírica algo indigesta…

Valeu camarada.

‎"Contraponto ao um livro todo" (pois como poeta, sou um ótimo rei-momo)


Li hoje [no trem] muitas páginas
Do livro de dois poetas nada místicos
E ri como quem tem chorado muito.
Procurei ao sair do vagão
Como definir o que havia lido
Encontrei ao sair do mesmo vagão
Uma barraca de Churrasco Grego
De verdade (logo, sujo)
Pedi um e ganhei o suco (vitória)
- mas poderiam ser três.
E não foi minha razão
Que deu o sentido das palavras
Foi meu estômago (fiel escudeiro)
Capaz de definir a porcalhada coletânea
Churrasco Grego: o grito estertorado da gaivota.
Há poesia mais concreta que a da palavra
[que dá e mata a fome?

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